sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Olá!
Continuarei devendo minha resenha sobre o DOSVOX.
Penso ser importante publicar aqui os links de algumas entidades de apoio aos DV's. Uma delas pode estar perto de você.

http://www.ibc.gov.br
http://www.laramara.org.br/
http://www.adeva.org.br/
http://www.acegosjf.com.br/
http://www.asac.org.br/
http://www.cvi-rio.org.br/
http://www.ibsa.es/
http://www.afb.org/
http://www.hki.org/
http://www.fundacaodorina.org.br/
http://www.ibge.gov.br/mtexto/
http://www.padrechico.org.br/
http://www.lmc.org.br/
http://www.once.es/
http://www.sac.org.br/
http://www.ufrnet.br/~socern/

Precisamos conhecer nossos direitos e estar atentos aos nossos deveres. 
Até a próxima publicação!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Um olhar na escuridão

Não, não, não! Preciso esquecer tudo o que acreditei um dia. Conceitos precisarão ser substituídos.
Mesmo com o PEV extinto, ERG subnormal na ausência de luz e extinto na presença de luz, ainda consigo ver e escreverei aqui o quanto puder.
No inicio me vi surpresa ao encontrar numa Rede Social um grupo aberto onde seus integrantes são deficientes visuais. A grande maioria é DV total (amaurose). 
https://www.facebook.com/groups/403622716375852/


Reglete


Como assim? 
Há algum tempo, a escrita Braille era a opção para o DV. Percebeu-se, porém, que, de certa forma, o excluia do convívio social, uma vez que a comunicação só teria sucesso ao escrever a outro DV, afinal pessoas sem deficiência visual não aprendem o Braille. Além disso, o uso da máquina e seu transporte, bem como o uso da reglete tornavam a escrita muito mais lenta que a convencional (à tinta). Mas atenção: A escrita Braille não foi extinta!!!
Máquina para escrita Braille


Entretanto, profissionais de TI passaram a investir pesado em acessibilidade aos DV's e nasce, então, um novo conceito: Tecnologia Assistiva. Na verdade, essa nova área se debruça sobre o desafio de oferecer inclusão, proximidade do mundo aos mais diversos tipos de deficiências.
Como minha deficiência visual é adquirida, passei a aproveitar meu tempo e a visão que ainda me resta (mesmo que por teimosia) na busca sobre as maravilhas oferecidas por essa área da tecnologia.
No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela Portaria 142, de 16 de novembro de 2006, propôs o conceito de Tecnologia Assistiva.

" Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidade ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social."

É ou não um grande avanço? 
Fiquei contente por saber que existem pesquisas em desenvolvimento sobre o assunto deficiência. É importante saber que existem pessoas que cuidam para devolver ao deficiente algo similar ao que era percebido por ele antes.

Leia mais sobre Tecnologia Assistiva no link  http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html

Meu próximo post será sobre o DOSVOX, software projetado por estudiosos da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro que nos permite usar o computador como ferramenta de estudos, conversação, comunicação escrita com todas as outras pessoas. Estou fazendo alguns testes e direi aqui como me saí. 

Forte abraço a todos!

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Novos horizontes para os deficientes visuais 

 O que muda na vida de um deficiente visual com a tecnologia de computação


PROJETO DOSVOX



A modificação das relações entre deficiente visual e a cultura pode ser definida com uma única frase:

"um cego agora pode escrever e ser lido e ler o que os outros escreveram".

Explicando melhor:
a) a leitura e escrita das pessoas cegas, tradicionalmente, se faz através do sistema Braille. Entretanto, raríssimas pessoas que enxergam conseguem ler ou escrever Braille (muito menos com fluência). Isso isolava as pessoas cegas num gueto cultural: um cego só escrevia para outro cego ler.
b) ao precisar ler um texto com escrita convencional, era necessário alguém que traduzisse para Braille ou lesse o texto, provavelmente gravando em fita cassete.
c) embora uma pessoa cega pudesse escrever à máquina, o resultado quase sempre era ruim, pois era muito difícil corrigir ou escrever um texto, parar e depois voltar a escrever.
A tecnologia de computação tornou possível o rompimento dessas barreiras e muitas mais.

  • Com o uso de "scanners", o cego pode ler escrita convencional (datilografada) diretamente.
  • Um texto grande em Braille demorava horas para ser criado manualmente. Hoje demora minutos com o uso de impressoras Braille.
  • Através da Internet, qualquer documento de qualquer parte do mundo pode ser transmitido com um mínimo de esforço e custo muito baixo, e traduzido para "qualquer" língua. Desta forma, um texto do New York Times pode ser lido por um cego em português no mesmo momento em que o jornal sai nos Estados Unidos, em inglês, usando a tecnologia de tradução da web (ainda incipiente mas com rápido aperfeiçoamento).
  • Os limites são muito mais amplos do que se possa imaginar: instrumentos eletrônicos podem ser conectados ao computador, e um cego consegue fazer arranjos orquestrais e imprimir partituras; um cego pode andar sozinho pela rua, guiado por um computador acoplado a um sistema de posicionamento global (GPS); um cego pode até mesmo desenhar, usando o computador.
Em síntese, o acesso à cultura atinge níveis espantosamente melhores do que há poucos anos atrás. 


Por  Antonio Borges
Astigmatismo



córnea astigmática                          visão normal                       visão com astgmatismo

O astigmatismo ocorre quando a córnea apresenta uma maior curvatura em uma direção, o que distorce a visão para perto e à distância também. A córnea normalmente é redonda, enquanto que no astigmata, pessoa que tem esse problema, é ovalada. A iirregularidade na curvatura da córnea ou do cristalino (lente interna do olho) pode gerar o astigmatismo.
Sendo assim, os raios de luz não chegam ao mesmo ponto na retina. Alguns são direcionados em mais de um ponto na retina e outros à frente ou atrás dela. Em virtude da curvatura irregular, a imagem levada ao cérebro torna-se deformada, distorcida ou desfocada.
Dependendo do grau e da atividade da visão, seja para perto ou longe, a imagem fica como se fosse borrada e algumas queixas são frequentes, tais, como dor de cabeça e sensação de ardor nas vistas. A intensidade varia conforme a gravidade do problema e o esforço visual

Causas

Nem todas as córneas possuem uma forma perfeita. Tal como ocorre com os demais erros de refração, o astigmatismo pode estar relacionado a uma herança genética, porém, a causa dessa malformação ainda é desconhecida.
Geralmente, o astigmatismo aparece ao nascimento e sofre poucas alterações durante o desenvolvimento. Pode ainda surgir depois de um trauma ocular e comprometer a córnea após intervenção cirúrgica intra-ocular ou estar relacionado com outras doenças oculares, como ceratocone, por exemplo. Coçar os olhos pode favorecer o aumento do astigmatismo, que pode ser estar associado à miopia, hipermetropia e presbiopia (vista cansada), mas nem sempre afeta os dois olhos.

 Tratamento
A correção do astigmatismo é possível com o uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa.
As lentes de contato devem ser adaptadas para curvaturas específicas e com espessuras diferentes ao longo da superfície ocular para compensar a superfície irregular da córnea. Quanto maior o grau do astigmatismo, maior é a diferença de espessura da lente de contato.

fonte:  http://www.visaolaser.com.br/saude-ocular/doencas-oculares/astigmatismo

sábado, 15 de fevereiro de 2014

PEV - Potencial Evocado Visual




O EXAME

Com o objetivo de testar a função das vias visuais a partir da retina até a chegada no córtex occipital, o paciente que realiza o exame de Potencial Evocado Visual avalia a função das suas vias neurológicas da visão, assim como o nervo óptico.
É normalmente indicado na avaliação de doenças desmielinizantes (como a esclerose múltipla), detecção de lesões do nervo óptico (neurite óptica), tumores (como tumores de órbita, de hipófise, do quiasma óptico e localizados nas vias ópticas até o córtex occipital), hipertensão intracraniana com comprometimento secundário dos nervos ópticos e outras diversas indicações.



Fonte: www.centrodetomografia.com.br
O que é Escotoma, afinal?

O que é escotoma?

Segundo a enciclopédia interativa, Wikipedia, escotoma deriva do grego scotoma que significa escuridão.
A figura acima nos dá uma ideia de escotoma arqueado em ambos os hemisférios de um olho. No meu caso ele está presente dessa forma nos dois olhos.
Trata-se da imagem de um exame de campo visual. Note-se que, na figura , o dono desse resultado só tem acuidade visual na área central, uma vez que os escotomas já tomaram conta de todo seu redor.
Mas, como o médico chegou ao ponto de solicitar o exame de campo visual?
Ao chegar ao IML, após o período de internação, como houve Boletim de Ocorrência Policial, precisei fazer exame de corpo de delito. Lá, ao avaliar o Boletim de Atendimento Médico Inicial (BAM) o perito percebeu algo de errado com meus olhos e solicitou avaliação de oftalmologia. Aí começa uma luta que percorre um longo caminho. Foram 4 oftalmologistas, num espaço de 2 meses cada um. A cada vez, a acuidade visual estava mais e mais baixa. Era a perda progressiva da acuidade visual. Até que o último me encaminhou a um neurooftalmologista, professor de uma Universidade Federal. Esse, já desconfiado de uma neuropatia, solicitou vários exames, entre eles: campo visual de ambos os olhos, PEV (Potencial Evocado Visual) e ERG (eletrorretinografia). Seus resultados foram nada agradáveis e então, dois meses depois resolveu repeti-los. Era o princípio do fim!
Escotomas arqueados nos dois hemisférios de ambos os olhos, visão subnormal no escuro, visão extinta na luminosidade, ausência de resposta aos estímulos elétrícos entre retina e área occiptal do cérebro. Tudo isso em ambos os olhos. Minha acuidade visual estava em 20/300 em OE e 20/70 em OD. Como numa massa de bolo, o resultado de tudo isso é polineurite sensorial crônica sem possibilidades de tratamento clínico ou cirúrgico. Então, estou a caminho da amaurose (ausência total de visão). Enquanto ela não ocorre, vou escrevendo o máximo que puder e espero a colaboração de vocês.
E com você? Como foi? Conte prá gente. 

Agora sou DV. O que fazer?

Olá! Podem me chamar de Black Negona. 
Muito prazer!
Agora sou DV ----------> Deficiente Visual.
É um mundo todo novo para mim, mais difícil, entretanto não o acho impossível. Tenho Baixa visão severa, a caminho da amaurose. Sou carioca, servidora pública federal e, atualmente curso o 3º período de Direito.
Como cheguei a DV? Traumatismo craniano que desencadeou polineurite sensorial crônica ao danificar meu nervo óptico. Tive fratura de órbita ocular e mandíbula. Na verdade, resumindo um pouco dessa situação que foi nada agradável: A caminho do trabalho, dia 12 de março de 2012, o ônibus em que estava colidiu-se com outro numa via expressa. Fui recolhida pelo Corpo de Bombeiros no local e internada em estado grave: politraumatismo incluindo traumatismo craniano.
Bem, mas não estou aqui para falar de mim exclusivamente. Minha intenção é poder compartilhar minhas experiências desde o acidente até hoje, quando me encontro enquadrada como deficiente visual, sem chances de tratamento clínico ou cirúrgico.
Minha intenção é a troca de experiências por intermédio de seus comentários.
Espero que tenhamos um espaço agradável para tratar de um assunto delicado, mas para quem escapou da morte, é apenas um detalhe.